domingo, 30 de junho de 2013

O caminhante e sua metrópole móvel



A poética nômade, efêmera e urbana de Alê Souto em duas obras: "Empilhamento" e "O Caminhante e sua metrópole móvel"


"Nela, esse caminhante carrega sua metrópole móvel, construída em papelão, que é o material de maior descarte dessas grandes cidades, e acaba voltando a seu fluxo de forma poética e plástica."

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sexta-feira, 28 de junho de 2013

fé, a certeza do que não se vê


 "Ora, a fé é a certeza de cousas que se esperam, 
                                      a convicção de fatos que não se vêem"    
                                                                                           (Hebreus 11:1)



                                   quadro --- Aldemir Martins

quarta-feira, 19 de junho de 2013

sobre o peso da mala



A mala levou a minha carga,
o peso que a chuva deixou no meu sapato.
A mala levou a cidade,
o caminho que escolhi sem querer estar.
Levou meus afetos e minha paz.
Resolvi partir sem ela,
sem mala, sem correntes.
Vou com o corpo nu, exposto aos olhares da cidade,
meus pés deslizam no asfalto molhado de lama.
Vou sem mala, carrego a sensação dos corpos que se misturaram ao meu.
Vou sem carga, tentando olhar a frente.
Pesa. O caminho é árduo.
Fingo que estou livre do peso.
A mala está em mim.

Maria

segunda-feira, 17 de junho de 2013

sábado, 15 de junho de 2013

sobre voltar à casa



Raízes. Identidade.
Sonho. Fé.
Êxodo. Fuga.
Acolhimento.

Ser resultado. Junção de experiências. Retalhos.

O tempo passa. O corpo muda.

...

Retorno.
Contemplar. Não reconhecer.

             _ onde estão as pegadas?  Não existem mais.

nossa antiga casa parece estar em total decadência” 

Deixar secar as próprias raízes ou reconstruí-las, transformá-las?

Órfão?
talvez.


                                                                                  -- joão

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estrofe



"
É do feitio do homem querer encontrar sorte maior em outro lugar
É de sua natureza achar que alhures o futuro é mais certo
Quando não consegue achar conforto no perto
Deseja partir, e também dá de sonhar
"

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boi




ensaio.14062013

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croquis







figurinos. Marcela Cantaluppi
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os plenos possíveis



ao pensar, de início, no êxodo de Maria e João, começamos a pensar o nosso. saímos de nossa cidade, e no novo espaço encontramos um novo tempo. Ao retornar não mais pertencemos, não mais sabemos pertencer. Nossa temporalidade já não encontra mais sentido e o corpo não se adequa mais. 

em cena, tratamos de Maria e João. Falamos de sertão, mar, cangaço, fé. De um tudo que pode ser transformado em retalho. De gente que se veste com roupa de medo. De aparições do outro mundo. De tudo aquilo que se torna plenamente possível debaixo de qualquer sol forte.

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