terça-feira, 1 de outubro de 2013

Relógio. . . Tento fugir



-  Tudo vai ficando relativo à medida que o tempo passa. Na infância tudo parecia maior, na adolescência mais divertido.  Paro. Tento perceber o agora. Que dificuldade que é estar aqui, neste presente que acaba de virar ontem um segundo depois de ser o agora.  Leva tempo, consome tempo. Ê tempo que some! Some: dois e dois - vai ver que tem muita água para rolar além do 4. 

 -  Sumiu, já foi e.. e... eu ia ... ih, já tá.. ih. Tempo, soma, soma sempre, tá? Quero somar. Lá passa devagar, aqui passa rápido, quando vai ver já passou um dia, quando vai perceber... uma semana. E aí:  passaram 4 anos. 

- Quero só mar. Só. Ir e vir sem perder o contato com a areia, ter fluidez, força e brisa leve.  Leve, tempo, tudo que tiver que levar? Para me desfazer de certos nós, leva tanto tempo que tenho medo de ficar só.  Só que no relativo "final" da travessia tudo tem-po-ra-li-za de novo. Temporal é chuva e medo, temperado com sal. Deve ser inacreditável atravessar as nuvens arrastando os móveis. Experiência de atravessamento para raios. Ê. Raiou o dia... e a chuva clareou, ô, chuva, ô tempo bom, e aí entra ele de novo o famoso tempo, ai rapaz, para de me perseguir, eu não uso relógio, dele tento fugir. Há - Há. 

- canto alegremente pelo caminho.

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